Na quinta-feira, 08, representantes da Polícia Civil decidiram por não aceitar o texto da Lei Orgânica encaminhado pelo Ministério da Justiça para aprovação na Câmara dos Deputados, por entenderem que o projeto prejudicará os Policiais Civis de todo o país. A decisão foi tomada durante o XXIII Congresso Nacional da COBRAPOL, realizado nesta semana em Aracajú (SE).
A discussão sobre o Projeto fazia parte da programação do Congresso, onde o texto foi rejeitado por representantes da categoria, uma vez que os sindicatos e a COBRAPOL entenderam que a proposta desrespeita os policiais civis por não levar em consideração as demandas da categoria, bem como pela falta de diálogo na construção da lei.
“Por meio da COBRAPOL, as entidades representativas da Polícia Civil e a sociedade civil organizada de todo o país ajudaram a construir um projeto para a Lei Orgânica. Esse projeto foi completamente descartado e, no lugar dele, foi apresentada outra versão, construído de forma unilateral e sem qualquer tipo de diálogo. Isso é um desrespeito com toda a categoria”, disse a presidente do SINPOL-TO, Suzi Francisca.
Ainda durante o Congresso, ficou decidido que a COBRAPOL irá construir uma série de iniciativas em Brasília, além de ações estratégicas a nível estadual para apresentar um projeto da Lei Orgânica que beneficie a sociedade e a Polícia Civil.
“Esse Projeto é de extrema importância para a valorização da Polícia Civil, instituição indispensável para a promoção da segurança e da democracia, e da sociedade como um todo. Não pode ser feito da forma que o Governo Federal fez, sem diálogo. É preciso ouvir todos os lados envolvidos. Iremos lutar contra a aprovação do texto apresentado”, concluiu a presidente Suzi.