Na tarde desta terça-feira, 12, os presidentes do SINPOL-TO, AEPTO, AGEPOL-TO e FEAPOL, reuniram-se com a cúpula da SSP para tratar de demandas pertinentes aos cargos de Agente e Escrivão de Polícia. Em pauta, o estudo das escalas de plantão exercidos nas Centrais de Flagrantes no Estado.
A presidente da AEPTO, Priscila Bittar, iniciou as tratativas apresentando a extrapolação semanal da carga horária dos policiais nas centrais de atendimento, destacando além da reivindicação, uma sugestão da entidade. Ela esclareceu que os policiais expostos ao serviço plantonista vêm laborando há anos com uma escala superior ao previsto na legislação da categoria, 40 horas semanais, e concluiu que seu estudo revelou que ao final de um ano de trabalho, chega-se a trabalhar o equivalente a 14 plantões a mais que o estipulado por lei.
Para o presidente da AGEPOL-TO, Marco Albernaz, o volume de trabalho crescente vem trazendo insatisfação às categorias tanto de Agentes, quanto de Escrivães, e necessita-se de uma reformulação urgente por parte da nova administração da SSP.
Darlan Sousa, diretor do SINPOL-TO e presidente da FEAPOL, salientou que a jornada de 40 horas semanais é prevista em lei, no entanto, mês a mês os policiais vem se sujeitando a este regime, sem ter uma contrapartida por parte do Estado.
Diante do levantamento apresentado por Bittar, o Secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, reconheceu a necessidade de adequação para o caso, e afirmou que “se existe um excesso de horas a instituição deve corrigir tal disparidade”.
O presidente do SINPOL-TO, Ubiratan Rebello, em sua fala, parabenizou a presidente da AEPTO pelo excelente estudo realizado e por trazer à tona sugestões que visam solucionar um fato que há muito carece de uma análise criteriosa por parte do Governo. “No momento em que o Sindicato busca a valorização dos servidores policiais, nada mais justo que se fazer ajustes e adequações, que visem sobretudo o bem-estar da categoria e proporcione melhorias no atendimento à população tocantinense”, destacou Rebello.
Restou definido pelo Delegado Geral da Polícia Civil, Rossílio Correia, que as Diretorias da Capital e do Interior se reunirão com as entidades para deliberarem acerca das propostas apresentadas pelas instituições representativas de policiais, e após, se definirá uma solução para o caso.
Ao término da reunião, o presidente do SINPOL-TO, solicitou ao secretário Sampaio, um novo encontro junto a cúpula da SSP para tratarem especificamente da Medida Provisória 02, apresentada pelo Governo no último dia 1º a qual afeta diretamente os direitos dos policiais civis à progressão na carreira funcional.
A agenda ocorrerá já no decorrer desta semana e o Sindicato fará nova matéria acerca da pauta, trazendo aos sindicalizados a postura da Secretaria frente ao assunto em tela.
Participaram da reunião, além dos presidentes das entidades, do Secretário de Segurança e do Delegado Geral, o diretor do SINPOL-TO, Magdiel Lindoso e o subsecretário Marcelo Falcão.